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Hoje quando se fala em pegar onda no Rio Grande do Norte, sempre vem dois nomes na cabeça: Ítalo Ferreira e Jadson André. O primeiro é campeão mundial e olímpico de surfe, e o segundo é um dos mais experientes do circuito mundial e um exemplo para os mais jovens. Mas existe uma outra modalidade que utiliza as mesmas ondas para buscar um lugar ao sol, só que não tem a mesma atenção: o bodyboarding.
E não é por falta de talento. Para se ter uma ideia da capacidade dos atletas potiguares na modalidade, no último final de semana a equipe do Rio Grande do Norte participou de uma competição em Pernambuco, que contou com nomes de todo o Brasil. No amador, o pódio foi todo do RN: Jhonatan Oliveira (1º lugar), de Mãe Luíza; Marcos Luciano (2º lugar), da praia de Santa Rita; e Lucas Gabriel (3º lugar), de Ponta Negra. No profissional, o RN terminou na quinta colocação.
Sem todo o glamour do surfe, o bodyboarding do Estado precisa não apenas vencer os outros adversários nas competições, mas também a quase total falta de apoio. “Nós não temos apoio ou patrocínio para que possamos viver do esporte, que é o nosso maior sonho”, afirmou o atleta Marcos Luciano. Na competição em Pernambuco, por exemplo, o custo todo foi levantado pelos próprios atletas. O pouco apoio conseguido vem muitas vezes da Federação Potiguar de Bodyboarding.
Em setembro, duas competições estão programadas e podem não ter a participação dos potiguares. “Tem o Desafio Nacional Por Equipes, que acontece no Espirito Santo, mas esse está muito em cima para irmos (ocorre de 3 a 7 de setembro), estamos com pouco dinheiro. No final de setembro tem o Campeonato Brasileiro. Aí estamos tentando dinheiro para irmos”, disse Marcos.
Para o Campeonato Brasileiro, os bodyboarders do RN precisam de alimentação e hospedagem por 10 dias, além dos valores para inscrição e passagens.
“Nossa intenção é expandir mais o esporte e termos a verdadeira valorização que merecemos, pois todos nós batalhamos muito para continuar praticando o esporte”, finalizou Marcos Luciano.
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