
Em meio aos embates em torno do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o governo federal deverá publicar nesta sexta-feira (30/5) o detalhamento da contenção de R$ 31,3 bilhões de despesas no Orçamento de 2025. O congelamento está dividido em:
R$ 10,6 bilhões em bloqueio, em função do crescimento acima do esperado dos gastos obrigatórios; e
R$ 20,7 bilhões em contingenciamento, em razão da frustração de receitas.
Anunciada na semana passada, a contenção foi bem maior do que o valor esperado pelo mercado, que estimava que a equipe econômica seria conservadora nos números e congelaria em torno de R$ 15 bilhões.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, houve três circunstâncias que forçaram o contingenciamento de R$ 20,7 bilhões: a falta de compensação da desoneração da folha de pagamentos dos setores e municípios, a greve dos auditores fiscais da Receita Federal — que dura mais de 170 dias — e a taxa de juros vigente.
Na noite de quarta-feira (28/5), a cúpula do Congresso se reuniu com a equipe econômica. Participaram desse encontro, além de Motta, o ministro Haddad; a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP); e lideres partidários.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a contenção de gastos foi “relevante” e já “leva ao limite” a execução das políticas públicas e o funcionamento dos órgãos da Administração Pública federal.
Metrópoles