
As duas pratas brasileiras nos Jogos Olímpicos de Tóquio, na estreia da modalidade em olimpíadas, pode ser o divisor de águas que estava faltando para que o esporte evolua de vez no Brasil, em especial no Rio Grande do Norte.
Antes mesmo das conquistas de Kelvin Hoefler e Rayssa Leal, a situação do skate no RN já vinha mudando. “O RN já foi o principal representante do skate nordestino no final dos anos 80. Com o passar do tempo o mercado do skate deu uma caída e o RN acompanhou a situação. Na última década o mercado melhorou e o skate também. O RN também vem crescendo, passou anos sem atenção do poder público, mas agora, com a inclusão olímpica, observamos a volta ao interesse pelo esporte”, afirmou Franklin Medeiros, presidente da Associação Potiguar de Skate (APS).
Segundo Franklin, um dos grandes problemas que existem no Estado é a qualidade das pistas que são feitas. “Existem várias pistas no RN. A maioria são mal feitas, pequenas e muitas são ocupações e construídas pelos próprios skatistas. As prefeituras começam a construir suas pistas, só que não procuram orientação das associações ou dos skatistas e acabam construindo pistas mal feitas, com material errado, mal projetadas”.
Com as medalhas de prata em Tóquio, a esperança é que o skate consiga evoluir ainda mais, com mais investimentos e principalmente a desmarginalização definita do esporte, em especial pela conquista de Rayssa Leal, de apenas 13 anos.
“Foi uma conquista que marcou o esporte brasileiro. Vai fomentar e muito a prática, principalmente pelo público feminino. A nova geração já ver o skate com outros olhos. Um esporte de inclusão social. Divertido e livre para a prática com qualquer idade”, finalizou Franklin.