Dez anos de perdas: sindicato expõe descaso salarial com jornalistas da TV Assembleia RN

11 de Junho 2025 - 11h39
Créditos: Divulgação


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (Sindjorn) divulgou uma nota em suas redes sociais denunciando a grave situação de desvalorização salarial enfrentada pelos profissionais da TV Assembleia. Segundo a entidade, os trabalhadores vêm sendo submetidos a um processo contínuo de perda de poder aquisitivo ao longo da última década, sobretudo sob a atual gestão da Fundação Djalma Marinho (FDM), responsável pela emissora.

Criada em 2002, a TV Assembleia já foi considerada uma das redações mais bem remuneradas do estado. No entanto, esse cenário mudou drasticamente. De acordo com o sindicato, funcionários da TV passam por frustração e desgaste, resultado de uma política de congelamento salarial e ausência de reconhecimento financeiro.

O sindicato relembra as gestões dos ex-presidentes da Assembleia Legislativa, Robinson Faria e Ricardo Motta, períodos nos quais, segundo eles, havia valorização profissional expressa em salários dignos, com reajustes anuais acima da inflação e sem necessidade de intervenção sindical.

No entanto, o Sindjorn relata que a partir da atual administração, os ganhos reais começaram a desaparecer. A política de reajuste foi sendo gradualmente enfraquecida até ser substituída apenas pela reposição inflacionária. Durante a pandemia, os trabalhadores ficaram três anos sem qualquer correção salários. Quando os reajustes voltaram a ocorrer, foram concedidos apenas após intensas negociações e limitados ao índice inflacionário.

Desde outubro do ano passado, os profissionais aguardam o reajuste referente ao biênio 2024/2025, que até o momento não foi implementado.

“Os profissionais da TV Assembleia, premiados todos os anos por excelentes reportagens, estão cansados de valorização apenas apertos de mão e parabéns”, afirma o texto do Sindjorn. 

O sindicato faz um apelo direto ao presidente da Assembleia Legislativa do RN, deputado Ezequiel Ferreira de Souza, para que intervenha na situação. Os trabalhadores reconhecem avanços estruturais promovidos nos últimos anos, mas enfatizam que dignidade se garante com salários justos. A categoria pede a reposição das perdas acumuladas, ainda que de forma escalonada.

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