
O coordenador nacional do MBL, Renan Santos, foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 4 mil por danos morais ao deputado estadual Gil Diniz (PL), conhecido como "Carteiro Reaça", após uma série de ofensas nas redes sociais.
Tudo começou quando a equipe de Diniz protocolou uma denúncia ao Ministério Público de SP contra o então deputado Arthur do Val (o “Mamãe Falei”), ligado ao MBL. Renan não gostou e reagiu no Twitter (atualmente X) com palavras nada diplomáticas: chamou Diniz de “imbecil”, “pilantra” e “otário” — e ainda publicou um vídeo (já deletado) dizendo que ia “meter ferro no rabo desses filhos da puta”.
A defesa de Gil alegou que os ataques extrapolaram o direito à liberdade de expressão e atingiram diretamente a honra e o decoro do parlamentar. Já Renan disse que estava apenas exercendo seu direito de opinião, dentro de um debate político legítimo.
Mas o juiz Luciano Persiano de Castro, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível do TJSP, discordou: apontou que Renan passou do ponto e que liberdade de expressão não é salvo-conduto para ofensas pessoais.
Apesar de também reconhecer que Gil Diniz costuma atacar adversários em suas redes, o juiz afirmou que isso não justifica o comportamento ofensivo do coordenador do MBL. O pedido de retratação pública foi negado — segundo o juiz, a indenização já é suficiente, ainda mais porque o episódio não está mais em alta na internet.
O site tentou contato com a defesa de Renan, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto.