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Camila Gomes, de 43 anos, foi brutalmente assassinada a socos e chutes pelo ex-companheiro, Uanderson Gonçalves da Cruz, na madrugada desta sexta-feira (27), dentro da própria casa, no bairro Acaraú, em Cananéia, no litoral sul de São Paulo. Horas antes, ela havia chamado a Polícia Militar durante uma briga com o agressor, que terminou em tragédia.
Segundo relatos, Camila desconfiava que Uanderson havia voltado a usar drogas, devido ao comportamento agressivo dele. O homem, que havia sido internado para tratar dependência química há oito meses, reagiu de forma violenta, quebrou o celular da vítima e foi trancado por ela no quarto. Mesmo assim, pulou pela janela e voltou a discutir. Vizinhos escutaram os gritos e intervieram. A PM foi chamada, mas nenhuma queixa formal foi registrada por Camila, e os policiais deixaram o local.
Horas depois, por volta das 4h da manhã, Uanderson invadiu a casa novamente — dessa vez pela janela do banheiro — e atacou Camila enquanto ela dormia. A avó da vítima, que mora com o casal, assistiu a tudo e implorou para que ele parasse, mas nada pôde fazer por ser idosa. Camila tentou fugir, mas foi alcançada e espancada até perder a consciência no quintal da casa.
A vítima foi socorrida ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Uanderson fugiu de bicicleta e foi localizado horas depois no centro da cidade. A polícia informou que ele estava bastante agressivo, sob efeito de drogas, e com o celular da vítima em mãos. O homem foi preso em flagrante.
Segundo a própria Camila havia relatado à PM, Uanderson já havia cumprido 10 anos de prisão por homicídio. Eles viviam juntos há apenas dois meses. O caso foi registrado como feminicídio e segue sob investigação da Polícia Civil.
