Netinho processa compositor após ser xingado ao cantar em ato pró-Bolsonaro

25 de Maio 2021 - 09h47
Créditos:

A disputa entre Netinho e Manno Góes, autor da música “Milla”, continua na justiça. O cantor entrou com uma ação por danos morais na 6ª Vara dos Juizados Especiais de Causas Comuns da Bahia por ter sido chamado de “débil mental” pelo compositor de seu maior sucesso. 

Netinho reclama de “condutas abusivas” e “declarações ofensivas” contra ele; Manno Góes diz vai conversar com seu advogado e que “a democracia existe justamente para permitir ações assim” como a do cantor.

Tudo começou quando Netinho cantou “Mila” em um ato pró-Bolsonaro na Av. Paulista, no dia 1º de maio. O compositor, Manno Góes, entrou na justiça e impediu, por meio de uma liminar, que a deputada Carla Zambelli mantivesse no YouTube o vídeo que mostra a apresentação da música composta por ele.

Ao reclamar do uso de sua composição no ato, Manno Góes escreveu no Twitter: “Eu NÃO AUTORIZO esse débil mental de cantar minha música”. No dia seguinte, Manno escreveu: “Compreendo e peço desculpas a todos por ter usado ‘débil mental’ para me referir ao cantor golpista. Agradeço a todos que me chamaram atenção, mesmo apoiando meu desabafo. Estamos aqui para aprender e melhorarmos como pessoa. É o que quero pra mim: aprender, evoluir, consertar”.

Nesta segunda-feira (24), Netinho enviou um comunicado em que diz que entrou com a ação “em decorrência das condutas abusivas, ilegais e desacauteladas praticadas reiteradas vezes desde 2019 pelo compositor, mediante declarações ofensivas feitas nas suas redes sociais e na imprensa com diversos xingamentos e palavras de baixo calão atribuídas ao cantor, sendo a mais recente, a do dia 1 de maio”. 

Ele pede que o “compositor retire no prazo de 24 horas toda e qualquer postagem em suas redes sociais que sejam alusivas ao cantor ou qualquer outra forma que ele possa ser identificado e, ao mesmo tempo, que Manno Góes se abstenha de praticar qualquer outro tipo de alusão, menção, referência ou ilação ao cantor”.