
Num estudo global e envolvendo mais de 11 mil pessoas, a Organização Mundial da Saúde concluiu que nem a hidroxicloroquina e nem o antiviral remdesivir mostraram eficácia contra a covid-19. Os resultados foram classificados como "decepcionantes" e reforçam a estratégia da entidade de focar seus esforços para garantir a maior campanha de vacinação da história, em 2021.
De acordo com o estudo, os remédios mostraram"pouco ou nenhum efeito sobre a mortalidade" ou na redução de tempo de internação para pacientes hospitalizados com coronavírus. Os produtos tampouco parecem ajudar os pacientes a se recuperarem mais rapidamente.
Se a cloroquina já havia sido abandonada por diversos países ao longo dos últimos meses, o remdesivir era ainda considerado como uma esperança e contava com uma autorização da FDA, nos EUA, para seu uso emergencial.
A OMS ainda alertou para a falta de resultados positivos no caso de lopinavir e ritonavir e interferon. Nenhum deles ajudou os pacientes a viver mais ou a sair do hospital mais cedo.
"Para cada medicamento do estudo, o efeito sobre a mortalidade foi decepcionantemente pouco prometedor", disse a OMS em uma declaração.
Para chegar a essas conclusões, a agência envolveu mais de 30 países e pelo menos seis meses de estudos.
"O protocolo foi projetado para envolver centenas de hospitais potencialmente sobrecarregados em dezenas de países", escreveu a equipe da agência.
Com informações de UOL