
Secretário-geral do Partido Liberal Rogério Marinho (PL-RN), participou na terça-feira (20), ao vivo na GloboNews, de um debate com Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa, a respeito do escândalo envolvendo fraudes em aposentadorias e os respectivos responsáveis.
Para o senador Rogério Marinho, no entanto, a fraude bilionária em aposentadorias e pensões não foi descoberta inicialmente por órgãos de controle, mas sim por uma série de reportagens do portal Metrópoles, que revelaram as distorções. “Isso é muito grave. Você tem PF, TCU, CGU e AGU alertando o governo, e o governo apertando o pé no acelerador, aumentando ainda mais o roubo. É um crime hediondo contra pessoas frágeis e hipossuficientes”, afirmou o senador potiguar.
A respeito da alegação do governo sobre os instrumentos legais para tocar a investigação, Marinho diz que a CPMI tem as mesmas atribuições: “Nós temos uma situação muito complexa. Todos os instrumentos que o senador está colocando claramente estão à disposição da CPMI. de quebra de sigilo, investigação, fazer intimação para pessoas que devem falar a respeito do tema, eu acho que é um instrumento legítimo que deve ser colocado a serviço da sociedade”.
Marinho defende que “haja investigação, sem parcialidade, sem as pessoas serem protegidas, todos sendo investigados para que nós possamos, ao final, devolver o recurso aposentados”.
Por outro, Marinho disse que “não há crime mais hediondo do que tirar recurso de crianças e de velhos indefesos. E o governo quer que tudo mude para ficar como está, porque nessa questão da CONTAG, o cara ligar para o INSS e dizer que não deu causa, ele vai perguntar à CONTAG se ela tem um documento, que a gente sabe que foi feito de uma maneira fraudulenta, paara manter essa situação, o governo deveria, como de fato já fez, suspender todas essas contribuições e acabar de uma vez por todas com essa forma de se retirar dinheiro dos velhinhos em defesa do Brasil”.
O líder da oposição no Senado da República argumenta que “a própria dinâmica do processo vai determinar” quem deve presidir ou relatar os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que está para ser criada para investigar os desvios de recursos de aposentados e pensionistas da previdência social, a despeito do governo, por ser maioria nas duas casas do Congresso Nacional, reivindicar as duas funções para membros de sia bancada.
“Quem for para essa CPMI para passar a mão na cabeça do governo vai ter dificuldade na sua eleição”, alertou o senador potiguar.
Governo
Questionado pela jornalista Julia Duailibi sobre o motivo de o governo federal ser contra a instalação da CPMI do INSS, Jaques Wagner afirmou que não se trata de oposição à apuração no Congresso, mas que a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União já iniciaram as investigações desde 2023, e que os trabalhos estão sendo bem conduzidos.
Wagner insistiu que “alguém está querendo colocar a cortina de fumaça, porque quando terminar a investigação, que está em curso, vai se saber quais foram as entidades que mais roubaram os aposentados e posso garantir que as que mais roubaram os aposentados foram essas recentes criadas se preparando para dar o bote nos aposentados”.
Com informações de Tribuna do Norte