
O Ministério da Saúde da Argentina anunciou que vai revisar as políticas de saúde pública do país. Segundo o governo, as mudanças, que incluem uma revisão no protocolo sobre vacinas, têm como objetivo “passar de um modelo sanitário centrado em reparar a doença para um focado em cuidar da saúde com base em evidência científica”. O anúncio ocorre no momento em que ao país de Javier Milei oficializa a sua saída da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O anúncio foi feito nessa segunda-feira (26), após a visita do secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert Kennedy Jr. à Argentina. De acordo com o governo do país vizinho, as medidas têm como objetivo também reforçar a segurança dos pacientes e a sustentabilidade do sistema de saúde.
Entre as medidas anunciadas, estão:
- Revisão estrutural dos órgãos nacionais do sistema de saúde – Segundo o governo, o objetivo é “ordenar, atualizar e tornar mais transparentes estruturas e processos que, por anos, funcionaram com sobreposições, normas obsoletas e escassa supervisão”.
- Revisão do uso das chamadas autorizações acelerados para medicamentos de alto custo – “O Ministério da Saúde proporá discutir o uso desse tipo de autorização para medicamentos de altíssimo custo, especialmente os destinados a crianças e a doenças raras”, disse o governo em comunicado.
- Revisão e restrição do uso de aditivos sintéticos potencialmente perigosos em produtos alimentícios, com o objetivo de proteger a saúde da população – “A iniciativa também questiona o papel de certos ingredientes utilizados pela indústria alimentícia e seu possível vínculo com o aumento de doenças crônicas”, afirmam, em comunicado.
- Exigência de que vacinas sejam submetidas a estudos clínicos com grupo placebo – No comunicado, o país afirma que vai concentrar esforços nos processos de fabricação, aprovação e supervisão de vacinas. Para isso, pretende exigir os estudos clínicos com grupo placebo para vacinas. “Um exemplo claro dessa necessidade é a vacina contra a Covid-19, aplicada sem grupo de controle e sob condições de aprovação excepcionais”, justificam.
Fonte: Metrópoles