Créditos: Brenno Carvalho / Agência O Globo
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, publicou uma resposta à revista britânica The Economist, que criticou a atuação da Corte e do ministro Alexandre de Moraes.
Em nota, Barroso afirmou que foi necessário um tribunal independente para evitar o colapso das instituições, como ocorreu em países do leste europeu e da América Latina. Negou a existência de uma crise de confiança no STF, citando que 59% da população declarou confiar na Corte, segundo pesquisa Datafolha.
O ministro também defendeu as decisões monocráticas, destacando que todas foram posteriormente ratificadas pelo plenário. Como exemplo, citou a suspensão temporária do X (ex-Twitter), que ocorreu porque a plataforma retirou seus representantes legais do país, e não por causa de conteúdos publicados.
Sobre a eleição de 2022, Barroso esclareceu que o Supremo nunca disse ter "derrotado Bolsonaro", atribuindo a vitória a decisão dos eleitores. Ressaltou ainda que processos contra altas autoridades tramitavam nas turmas do STF, seguindo o regimento interno, e não no plenário.
Ele defendeu a atuação de Alexandre de Moraes, afirmando que o ministro agiu com apoio do Tribunal e não isoladamente. Barroso concluiu dizendo que o Brasil vivia uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos.
