Fraude com nome do jogador Gabigol causa prejuízo de R$ 1 milhão

24 de Junho 2025 - 11h28
Créditos: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

 


A Polícia Civil de Rondônia e do Paraná deflagraram nesta terça-feira (24) a Operação Falso 9, para desmontar um esquema criminoso que utilizava nomes de jogadores de futebol, entre eles o de Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, para fraudar instituições financeiras. O golpe ultrapassou R$ 1 milhão em prejuízos.

A investigação começou após o setor de prevenção a fraudes de uma instituição de pagamentos identificar a abertura de uma conta digital com documentos falsos em nome de Gabigol. Os criminosos solicitaram a portabilidade salarial, desviando valores do atleta para a conta fraudulenta, usada em saques, compras e transferências rápidas.

Do total desviado, apenas R$ 135 mil foram recuperados até agora. Já foram identificados beneficiários diretos do golpe, entre pessoas físicas e jurídicas em cidades como Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Curitiba (PR) e Lábrea (AM), que juntos receberam mais de R$ 287 mil.

“Falso 9”
O nome da operação remete ao modus operandi dos criminosos, que se passavam por jogadores para aplicar golpes bancários sofisticados. O grupo usava dados reais de atletas, documentos forjados e movimentações velozes para dificultar o rastreio e a recuperação dos valores.

A ação policial contou com mais de 100 agentes e cumpriu 86 medidas cautelares, incluindo mandados de prisão, busca e apreensão, quebras de sigilo bancário e sequestro de bens. A ação ocorreu em cinco estados e foi coordenada pelas Delegacias de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com apoio do Ciberlab, do Ministério da Justiça.

Golpe digital sofisticado
De acordo com os investigadores, o esquema funcionava com alto grau de especialização: após abrirem uma conta com documentos falsificados, os golpistas solicitavam a transferência do salário da vítima. Assim que o dinheiro entrava, os valores eram diluídos em saques e transferências, dificultando qualquer bloqueio imediato.

Os investigados poderão responder por uma série de crimes, entre eles: estelionato eletrônico, uso de documento falso, falsa identidade, organização criminosa, lavagem de dinheiro. As penas somadas podem chegar a 33 anos de prisão.

Com informações de Metrópoles