Funcionários de Hospital denunciam superlotação e falta de medicamentos

06 de Maio 2019 - 13h32
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Mais de 20 pacientes estão sendo atendidos nos corredores do Hospital Santa Catarina, no bairro Potengi, na zona Norte de Natal. Segundo os profissionais da unidade, além da superlotação, faltam medicamentos e insumos básicos.

As denúncias recebidas pelo Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde RN), tratam sobre a falta de condições adequadas para o atendimento à população. A unidade está sem materiais como lençóis, ataduras, soro fisiológico e seringas.

De acordo com a direção do hospital, a carência dos insumos se dá pelo não pagamento aos fornecedores por parte da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) e a situação tem sido agravada pela superlotação no pronto atendimento.

"É importante ressaltar que esses são problemas recorrentes no hospital e que aqui não faltam somente medicamentos e insumos, falta estrutura básica de atendimento. A insalubridade é enorme! Tratamos de doenças infecto contagiosas e as paredes do prédio estão todas mofadas", alerta a diretora do Sindsaúde e técnica de enfermagem da unidade, Maria do Carmo.

O Sindsaúde RN cobra à Sesap condições de trabalho aos servidores da saúde e a regularização do fornecimento de medicamentos e insumos para o atendimento à população.

Materiais em falta:

Lençóis

Ataduras

Seringa 1ml

Seringa 10 ml

Soro fisiológico

Soro glicosado

Ringer simples

Albumina 20% (medicamento utilizado para tratar infecções graves)

Cefazolina

Cefalotina

Ceftriaxona

Cefepicina

Ciprofloxacina

Ocitocina

Omeprazol

Varfarina

Metildopa

Hidralazina

 

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) emitiu uma nota de esclarecimento após a denúncia do Sindsaúde. Confira o texto abaixo, na íntegra.

"A respeito de comunicado expedido pela equipe de plantão do Hospital Pedro Germano (Santa Catarina) do domingo (06.05) que relata a falta de insumos básicos para o atendimento no  pronto-socorro, a Secretaria de Estado da Saúde Pública informa que o documento foi expedido à direção do hospital relatando um fato momentâneo que pode ocorrer com qualquer hospital pronto socorro de portas abertas. Devido o hospital receber casos além de sua demanda natural que é de urgência e emergência, naquele momento a equipe restringiu o atendimento a esses casos, encaminhando as demais demandas ambulatoriais para as UPAS e unidades básicas de saúde que, naturalmente, fazem esse tipo de atendimento. A direção do hospital informa que a situação já está está sendo resolvida e nos próximos dias o atendimento volta à normalidade."