
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, marcou uma reunião da executiva para esta terça-feira (29), às 10h, com o objetivo de bater o martelo sobre a fusão com o Podemos. Se aprovada, o presidente convocará uma convenção partidária para aprovar o novo estatuto.
De acordo com Marconi, a fusão deve ser realizada de 30 a 40 dias depois da reunião. Ele quer anunciar a fusão já nesta terça-feira, e espera que o Podemos faça o mesmo.
Segundo a Folha de S. Paulo, a tendência é que o número seja o 20 do Podemos, aposentando o 45 que identifica o PSDB desde sua fundação, em 1988. Em compensação, o símbolo será um tucano, estilizado na logomarca da nova sigla. Em um primeiro momento, o partido se chamará #PSDB+Podemos, e posteriormente um novo nome será anunciado.
O ex-governador de Goiás disse já ter conversado com os principais líderes, governadores do partido e as bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado, informando sobre o avanço das negociações. “Da nossa parte já está tudo decidido, e da parte do Podemos também”, afirmou, ao Poder360.
Depois da convenção do PSDB, que deverá ser realizada no final de maio ou no começo de junho, será convocada outra convenção, conjunta com o Podemos, para escolher o novo diretório e a nova executiva. Segundo Marconi, tudo será feito “no meio a meio” e com rodízio no comando da nova sigla.
O tucano afirmou que os líderes da legenda também vão se debruçar na elaboração de um novo programa, “avançado e concentrado nas necessidades do Brasil”.
Debate com outros partidos
Segundo Marconi, as conversas avançaram com o Podemos porque as negociações que estavam sendo feitas com outros partidos –como PSD, MDB, Solidariedade e Republicanos– “resultariam na extinção do PSDB”. Contudo, disse que continua conversando com o Solidariedade e o Republicanos sobre a possibilidade de uma federação.
“O PSDB tem um legado enorme. São mais de 35 anos mudando o Brasil com reformas estruturantes para todo lado. Um partido com essa história não pode desaparecer, e nós tivemos essa preocupação o tempo todo”, declarou.
Situação de Eduardo Leite
Marconi afirmou que o objetivo do novo partido para 2026 será eleger “uma boa bancada de deputados federais”, senadores e governadores, mas que a “prioridade máxima” será ter um candidato a presidente da República –que ele quer que seja governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). “Ele é jovem, moderno e conduz um governo bom e ético”, declarou.
Segundo ele, a nova sigla se diferenciará das demais com a proposição de uma “outra via”, que terá um “projeto claro para o país”. “A gente vai construir um projeto para polarizar com os outros, tanto com a esquerda, quanto com a direita”, disse Marconi.
Marconi afirmou que há um consenso entre ele e a presidente do Podemos, Renata Abreu, sobre a candidatura de Leite à Presidência. “Nós estamos absolutamente afinados. Se o Eduardo realmente se colocar como candidato pelo partido, ele terá apoio unânime”, declarou.
Nos últimos dias, tem circulado a possibilidade de Leite deixar o PSDB e se filiar ao PSD, de Gilberto Kassab. Ele disse na quarta-feira (23) que o gaúcho é um “sonho antigo” de seu partido e que se esforçará “muito” para atraí-lo ao PSD.
Poder360 e Folha de S. Paulo