
O Monte Rinjani, na Indonésia, onde a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (24), é a segunda montanha mais alta do país, com 3.726 metros de altitude. Destino popular entre aventureiros, o local também é cenário recorrente de acidentes.
Em outubro de 2024, o irlandês Paul Farrel, 31, caiu de um penhasco de 200 metros enquanto fazia a trilha sozinho. Diferente de Juliana, ele sobreviveu após conseguir sinal de celular e ligar para um resort local pedindo socorro. Vídeos da época mostram um socorrista descendo de rapel e, em seguida, sendo puxado com a vítima por uma equipe no topo da montanha.
Juliana, que fazia um mochilão pela Ásia, estava na trilha com outros turistas quando escorregou e caiu em uma vala, parando a cerca de 300 metros do grupo. Inicialmente, chegou a ser divulgado que ela teria sido socorrida, mas a família desmentiu. Ela aguardava resgate havia quatro dias. O salvamento chegou a ser interrompido na segunda-feira (23) devido ao mau tempo. Juliana foi localizada sem vida na terça-feira.
O corpo foi encontrado enquanto a equipe resgatava também os restos mortais do indonésio Kaifat Rafi Mubarraq, 16, desaparecido desde 29 de setembro de 2024 durante uma trilha com amigos. Ele foi localizado após uma semana de buscas com drones e equipes terrestres.
Paul Farrel foi achado com ferimentos leves no ombro e cortes no rosto, pernas e braços. Após o resgate, agradeceu aos socorristas: “Muito obrigado. Vocês salvaram minha vida. Eu nunca teria conseguido voltar sem vocês”, disse à imprensa local.
Segundo dados do Escritório do Parque Nacional do Monte Rinjani, os acidentes no local quase dobraram em 2024. Foram:
21 ocorrências em 2020
33 em 2021
31 em 2022
35 em 2023
e 60 em 2024