
A família do menino de 4 anos diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e que foi encontrado amarrado dentro do banheiro de uma escola particular em Araucária (PR) descobriu que o episódio, ocorrido na segunda-feira (7), não foi isolado. Novas imagens e denúncias recebidas após a repercussão do caso indicam que a criança foi amarrada em outras ocasiões dentro da instituição de ensino. A informação é do Metrópoles.
A criança, que é não verbal, foi encontrada sozinha, com os pulsos e a cintura presos por tiras de tecido a uma cadeira no banheiro. A situação foi flagrada após denúncia anônima, que levou o Conselho Tutelar e a Guarda Municipal até o local. A professora responsável confessou que amarrou o aluno e foi presa em flagrante por maus-tratos. Na delegacia, ela permaneceu em silêncio durante o depoimento.
A mãe da criança, Mirian de Oliveira Ambrósio, contou que ficou em choque ao ver as imagens. Com a divulgação do caso, a advogada da família recebeu novas denúncias, incluindo dois vídeos nos quais o menino aparece novamente amarrado, desta vez, em uma sala de aula e com roupas distintas, o que sugere que os registros foram feitos em dias diferentes. Ainda não se sabe quem foi o responsável por imobilizar a criança nessas outras situações.
Segundo a conselheira tutelar Mônica Gawlak, a professora alegou que amarrou o menino porque ele estaria muito agitado e isso estaria influenciando o comportamento das demais crianças da sala. A justificativa, no entanto, foi considerada inaceitável pelas autoridades.
O Ministério Público do Paraná solicitou, nesta terça-feira (8), a conversão da prisão em flagrante da professora para preventiva. A medida, segundo o MP, visa proteger outras crianças da unidade escolar e garantir a ordem pública.
As aulas na escola foram suspensas. O caso segue em investigação pela Polícia Civil, e o Conselho Tutelar acompanha a família.