Se Irã e Israel detonarem bombas nucleares, Brasil seria atingido?

14 de Junho 2025 - 14h35
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O mundo voltou a ficar em alerta com o confronto militar direto entre Israel e Irã, iniciado na última quinta-feira (13/6). Com intensos bombardeios entre os dois países, cresce o medo de uma escalada nuclear, especialmente após Israel atacar instalações nucleares iranianas e o Irã reagir com o envio de drones ao território israelense.

Israel possui cerca de 90 ogivas nucleares, enquanto o Irã, segundo estimativas, teria capacidade técnica para produzir ao menos nove. O temor global gira em torno do possível uso dessas armas em um conflito que já ultrapassou o limite das ameaças.

Segundo especialistas, uma bomba do tipo W-76 — supostamente parte do arsenal israelense — tem poder destrutivo até sete vezes maior que a bomba de Hiroshima, com impacto radioativo em um raio de até 260 km.

Simulações mostram que, em uma explosão nuclear em cidades como Teerã ou Tel-Aviv, os mortos ultrapassariam 100 mil e os feridos, centenas de milhares, sem contar os efeitos devastadores da radiação. Mesmo o Brasil, fora da rota direta e a mais de 10 mil km de distância, poderia sentir reflexos indiretos — como instabilidade no comércio global, impacto ambiental e volatilidade econômica.

Apesar de tratados internacionais proibirem o uso de armas nucleares, o risco de uso acidental ou deliberado volta a preocupar a comunidade internacional. Especialistas alertam: o mundo está diante de uma encruzilhada geopolítica perigosa.