
Durante o julgamento dos seis acusados de integrar o chamado “núcleo 2” da tentativa de golpe, nesta terça-feira (22), a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) adotou um procedimento incomum: os celulares de todos os presentes na sala — inclusive jornalistas — foram lacrados em envelopes.
O objetivo é evitar gravações não autorizadas dentro da sala de sessões, o que já ocorreu anteriormente. Apesar da limitação no uso de celulares, o julgamento é transmitido pela TV Justiça e pelo canal oficial do STF no YouTube.
A restrição foi motivada por três razões:
É proibido filmar dentro da sala da Turma, conforme regra já estabelecida;
Durante o julgamento do núcleo 1, pessoas desrespeitaram essa norma e registraram imagens de forma indevida;
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, determinou que o réu Filipe Martins não pode ser filmado.
Setoristas e profissionais de imprensa que acompanham o julgamento de dentro da sala foram orientados a usar o WhatsApp Web no notebook para manter a comunicação com suas redações. Para falar ao telefone, é necessário se retirar do ambiente, e, ao retornar, o aparelho precisa ser novamente lacrado.
Julgamento do ‘núcleo 2′
A Primeira Turma do STF analisa se aceita ou não a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra seis pessoas ligadas ao entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusadas de tentar impedir a posse de Lula e sustentar Bolsonaro no poder após a derrota dele nas eleições de 2022.
Se a denúncia for aceita, eles se juntarão aos sete integrantes do “núcleo 1”, que já se tornaram réus por crimes como golpe de Estado, organização criminosa armada e dano ao patrimônio público.
Com informações de R7