
Flávio Pacheco da Silva, de 52 anos, preso após ameaçar detonar uma bomba no Ministério do Desenvolvimento Social nesta quinta-feira (22/5), declarou em interrogatório à polícia que, no ano passado, uma pessoa entregou a ele um artefato explosivo com o objetivo de atacar o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Flávio, o objeto era feito de PVC, papelão e pólvora, mas ele não soube identificar quem o entregou.
O suspeito ainda mencionou o caso de Francisco Wanderley Luiz, homem que se explodiu na Praça dos Três Poderes em novembro de 2023, afirmando que recebeu o explosivo "antes daquele rapaz ir lá no Supremo".
Durante o depoimento, Flávio alegou ser vítima de perseguição política desde 2022 e disse ter sido torturado após manifestar o desejo de deixar o Brasil. Também afirmou que o artefato levado ao ministério não possuía capacidade de ignição e que não teria coragem de explodir o prédio.
Ameaça e prisão
Na tarde de quinta-feira, Flávio chegou ao ministério acompanhado da esposa e de duas crianças. Após uma discussão com uma funcionária — motivada, segundo testemunha, pela recusa de atendimento a um pedido relacionado ao irmão esquizofrênico do suspeito — ele passou a ameaçar detonar um explosivo no local.
A Polícia Civil do DF foi acionada por meio da Operação Petardo e confirmou a identidade do homem com uso de reconhecimento facial. Após 1h40 de negociação, ele foi rendido e levado para a Delegacia de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV).
Nesta sexta-feira (23/5), Flávio passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida.