Decreto do governo vai te forçar a comprar uma nova televisão

29 de Junho 2025 - 15h09
Créditos: Reprodução

Se você comprou recentemente uma televisão smart, ela poderá se tornar obsoleta rapidamente. O governo está prestes a editar um decreto para implementar no país a chamada TV 3.0. Para ter acesso à nova tecnologia, os consumidores serão obrigados a comprar um conversor, mesmo que sua televisão seja uma das mais modernas atualmente disponíveis no mercado.

O valor do adaptador ainda é estimado em R$ 400. Esse dispositivo está em fase de testes, e a indústria ainda não oferece televisores com a nova tecnologia integrada.

Os consumidores que não quiserem adaptar suas televisões poderão continuar assistindo à programação da TV aberta da forma como é hoje, pelos próximos dez anos. O que os deixará no passado.

A TV 3.0 estabelece a integração completa da TV aberta com a internet. O acesso aos canais de TV aberta será feito por meio de aplicativo de celular, e não mais apenas pelo controle remoto.

Isso permitirá que canais como Globo, SBT e Record ofereçam, além do que já é transmitido ao vivo por sinal aberto, conteúdos adicionais sob demanda — como séries, jogos ou programas.

O consumidor poderá, por exemplo, comprar com um clique a roupa que a atriz está usando na novela. E a emissora saberá suas preferências para direcionar propagandas, como ocorre com as redes sociais, uma vez que será necessário fazer login para assistir à programação.

O governo estuda oferecer linhas de financiamento para que a indústria produza em escala os adaptadores e os aparelhos de TV com a nova tecnologia.

Também avalia distribuir adaptadores gratuitamente para pessoas de baixa renda inscritas no Cadastro Único.

O decreto que institui a TV 3.0 foi enviado pelo Ministério das Comunicações à Casa Civil em dezembro do ano passado.

A expectativa é que ele seja editado no segundo semestre. O padrão sugerido pelo ministério é o americano. A indústria aguarda a decisão definitiva para começar a fabricar os equipamentos — e cobra a liberação das linhas de financiamento.

Com informações de Andreza Matais, de Metrópoles