Irã divulga imagens de lançamento de mísseis contra base dos EUA

23 de Junho 2025 - 16h50
Créditos: Divulgação/Irna News Agency

O Irã divulgou nesta segunda-feira (26/6) imagens do lançamento de mísseis contra a base aérea de Al Udeid, no Catar, onde operam tropas dos Estados Unidos. Segundo autoridades iranianas, a ofensiva foi uma resposta “proporcional e decisiva” aos recentes ataques americanos contra instalações nucleares no país persa, ocorridos no fim de semana.

Em comunicado, o governo iraniano afirmou que os alvos foram escolhidos para evitar áreas civis, indicando tentativa de conter uma escalada maior. “A era dos ataques-relâmpago acabou”, declarou um porta-voz militar em rede nacional.

Escalada do conflito
O conflito se intensificou após Israel atacar centros militares e nucleares do Irã no dia 13 de junho. Desde então, o Irã já lançou 21 ofensivas com mísseis e drones contra Israel. Nesta segunda (23/6), o país atingiu múltiplos alvos israelenses, adotando nova tática com mísseis de propulsão sólida, líquida e drones suicidas.

Israel também voltou a atacar, desta vez com força inédita no “coração de Teerã”. Entre os alvos israelenses estão a Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), a prisão de Evin e instalações de segurança do regime.

Envolvimento dos EUA e reação internacional
O presidente Donald Trump autorizou no sábado (21/6) o bombardeio de três instalações nucleares iranianas (Fordow, Isfahan e Natanz), marcando a entrada direta dos EUA na guerra. O Irã classificou a ofensiva como um “grave erro” e acusou Washington de agir em aliança com Israel.

No cenário diplomático, o embaixador do Irã na AIEA, Reza Najafi, afirmou que o ataque americano foi um “golpe irreparável” ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Ele não confirmou se o país pretende deixar o acordo, o que poderia restringir futuras inspeções internacionais.

Risco regional
No Iraque, a base americana de Ain al-Asad, em Anbar, entrou em alerta máximo diante do risco de novos ataques. Já o Iêmen declarou apoio ao Irã e ameaçou atacar navios dos EUA no Mar Vermelho se houver mais agressões contra Teerã.

A situação segue crítica e sem previsão de cessar-fogo, com risco crescente de uma guerra regional envolvendo múltiplas potências.