
"Nós ficamos mais ativos, mais despertos, mais focados e, muitas das vezes, até aumentando o nosso desempenho físico", explica Rodrigo Bougleux, presidente do Grupo de Estudos de Cardiologia do Esporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
A fala do médico cardiologista especialista em medicina esportiva explicita as reações mais comuns do uso de bebidas energéticas.
Uma das principais substâncias destas bebidas é a cafeína, um estimulante que começa a fazer efeito minutos depois de consumido.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, existe uma indicação diária para o consumo desse estimulante.
Para a maioria dos adultos, a dose máxima recomendada é de até 400 mg de cafeína por dia. Isso equivale a quatro xícaras de café coado.
Já para adolescentes, a quantidade máxima recomendada é de 100 mg de cafeína por dia - menos do que a quantia média da substância em uma lata de 470 ml de energético (cerca de 160 mg).
A cafeína em excesso é que faz o coração bater mais rápido, pode provocar palpitações e aumentar a pressão arterial.
Ela também mexe com o cérebro. No começo, te deixa em alerta. Mas depois vem a irritação, ansiedade e insônia. Quando o efeito passa, a pessoa sente cansaço e dificuldade de concentração.
"O consumo moderado daquela dose é segura, eu acredito que isso ainda possa ser feito, mas não de forma exacerbada", pontua Bougleux.
A Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir), que representa as fabricantes de refrigerantes e bebidas não alcoólicas, reforça que os energéticos são regulamentados pela Anvisa, que exige advertências nos rótulos, como a recomendação de evitar o consumo por crianças, gestantes e pessoas com problemas de saúde.
Também está explícito: não é indicado o uso com bebida alcoólica. Ainda assim, a prática segue comum, especialmente entre jovens, impulsionada pela falta de informação.
Fonte: g1