
Um relatório marcado como "documento interno, por favor, mantenha confidencial", a autoridades de saúde locais na província de Hubei, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez, lista um total de 5.918 novos casos detectados em 10 de fevereiro, mais do que o dobro do número público oficial de casos confirmados , dividindo o total em uma variedade de subcategorias.
Esse número maior não foi totalmente revelado naquela época, já a contabilidade da China parecia, no tumulto das primeiras semanas da pandemia, minimizar a gravidade do surto.
O número anteriormente não divulgado está entre uma série de revelações contidas em 117 páginas de documentos vazados do Centro Provincial de Controle e Prevenção de Doenças de Hubei, compartilhados e verificados pela CNN.
Juntos, os documentos representam o vazamento mais significativo de dentro da China desde o início da pandemia e fornecem a primeira janela clara sobre o que as autoridades locais sabiam internamente e quando.
O governo chinês rejeitou veementemente as acusações feitas pelos Estados Unidos e outros governos ocidentais de que ocultou deliberadamente informações relacionadas ao vírus, sustentando que tem sido transparente desde o início do surto.
No entanto, embora os documentos não forneçam evidências de uma tentativa deliberada de obscurecer as descobertas, eles revelam várias inconsistências entre o que autoridades acreditavam estar acontecendo e o que foi revelado ao público.
Confira reportagem exibida pela CNN Brasil abaixo, postada pela deputada federal Carla Zambelli.
O que muitos falavam desde o início da pandemia e que foi tratado como fake news, finalmente é revelado.
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) December 1, 2020
A pergunta que não quer calar: alguém será responsabilizado? pic.twitter.com/ycs5RiDJMm
Fonte: CNN Brasil