
O Sinovac, laboratório chinês que está produzindo vacina contra a covid-19, tem um histórico de subornos na China, diz o jornal americano Washington Post.
De acordo com o veículo, o CEO da empresa, Yin Weidong, subornou a autoridade reguladora de medicamentos da China para obter aprovação de vacinas contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2003, e contra a gripe suína, em 2009.
Weidong admitiu que repassou mais de US$ 83 mil em propina a um funcionário da agência reguladora (Administração Nacional de Produtos Médicos - NMPA, na sigla em inglês), Yin Hongzhang, e à esposa dele, entre 2002 e 2011.
Hongzhang também confessou ter emitido os certificados para a vacina depois de receber o dinheiro. O responsável pela NMPA foi sentenciado a 10 anos de prisão em 2017 por aceitar suborno da Sinovac e de outras empresas farmacêuticas.
O CEO da Sinovac e a empresa, porém, nunca foram processado. A Sinovac reconheceu o caso e afirmou que cooperou com as investigações.
“A Sinovac agora busca fornecer sua vacina contra o coronavírus para países, do Brasil à Turquia e Indonésia. Embora a corrupção e a falta de transparência tenham atormentado por muito tempo a indústria farmacêutica da China, raramente a confiabilidade de um único fornecedor de medicamentos do país teve tanta importância para o resto do mundo”, afirma o jornal.
O caso já havia sido divulgado anteriormente, no entanto, diversos detalhes não foram publicados devido à censura do governo chinês quanto aos meios de comunicação do país.
Fontes: O Antagonista e Veja