O Senado dos Estados Unidos deu início, na tarde desta terça-feira (9), à discussão do segundo impeachment do ex-presidente Donald Trump.
Este é o primeiro julgamento de um presidente que não está mais no poder. Os democratas da Casa dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) votaram em 13 de janeiro para afastar Trump, após a invasão ao Capitólio, ocorrida no dia 6 de janeiro. Trump é acusado por "incitar insurreição".
Os parlamentares concordaram em adotar as regras combinadas pela liderança da Casa para reger o julgamento.
"É nosso dever solene constitucional conduzir um processo justo e honesto de impeachment pelas acusações contra o presidente Trump, as acusações mais graves já feitas a um presidente dos Estados Unidos na história americana. Essa resolução propõe um julgamento justo, e eu rogo ao Senado para que a adote", afirmou o líder da maioria, Chuck Schumer.
A resolução aceita determina o cronograma do julgamento. Confira os demais procedimentos:
- Após 4 horas de debate nesta terça sobre a constitucionalidade do procedimento, haverá uma votação de maioria simples;
- Feito isso, cada lado terá 16 horas para apresentação;
- Depois, serão 4 horas para questões dos senadores;
- Caso haja um pedido por testemunhas, haverá 2 horas de debate após o tempo das questões, e uma votação sobre chamar as testemunhas;
- Em seguida, 4 horas para os argumentos finais, dividos igualmente;
- Então, o voto pela condenação ou absolvição.
Os senadores republicanos esperam que o processo seja finalizado na noite do sábado, se a defesa de Trump não usar todas as 16 horas a que tem direito e caso os senadores não usem as 4 horas de questionamento previstas.
Trump é o único presidente americano a passar duas vezes por esse processo. É o 4ª processo de impeachment na história do país. Os anteriores foram:
- Presidente Andrew Johnson, em 1868, por demitir um secretário de gabinete sem consentimento do Congresso;
- Presidente Bill Clinton, em 1998, por perjúrio e obstrução de Justiça;
- Presidente Trump, em 2020, por abuso de poder e obstrução do Congresso.
Todos foram absolvidos e continuaram no poder.
Fonte: CNN