Rapidez para chegar aos pulmões pode tornar nova cepa mais contagiosa

05 de Janeiro 2021 - 13h00
Créditos:

A variante do novo coronavírus identificada no Reino Unido e, até esta terça (5), em outros 36 países, deixou o mundo em alerta.

Ao mesmo tempo em que os países correm contra o tempo para imunizar os cidadãos, parte da comunidade científica está preocupada em responder se a nova cepa é mais transmissível e o que pode ocasionar isso.

“Todos os indícios apontam que sim [ela é mais transmissível]. O NERVTAG apontou que essa variante representava 20% dos casos em novembro e passou para 70% em dezembro na Inglaterra. E isso mesmo durante as medidas restritivas", diz o imunologista e professor  Eduardo Nolasco, em referência a uma nota publicada pelo Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes (NERVTAG) no dia 19 de dezembro.

A maior transmissibilidade dessa variante se dá pelo acesso mais rápido que ela tem aos pulmões.

“Essa nova mutação se liga com maior rapidez à proteína ECA2, que está presente em abundância em nosso pulmão. Por isso o vírus chega mais rápido e com mais potência ao nosso organismo", diz o imunologista.

A publicação dos pesquisadores alerta ainda que ainda não há indícios de que a cepa seja mais mortal do que a versão anterior.

"Não há nenhuma evidência atual que sugira que a nova cepa cause uma taxa de mortalidade mais alta ou que afete vacinas e tratamentos, embora um trabalho urgente esteja em andamento para confirmar isso", afirma o documento.

Fonte: CNN