Sputnik V teve 91,4% de eficácia nos testes finais, afirma Rússia

14 de Dezembro 2020 - 12h24
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A vacina contra a covid-19 Sputnik V, desenvolvida pela Rússia, protegeu todos os participantes vacinados em testes clínicos de desenvolverem casos graves da doença. Foi o que anunciaram cientistas do Instituto Gamaleya, em Moscou, nesta segunda-feira (14). 

Pontos principais do anúncio:

  • Nenhum voluntário vacinado desenvolveu um caso grave de covid-19. Ocorreram 20 casos graves da doença, todos entre quem recebeu uma substância inativa, de acordo com os criadores da vacina. 
  • A análise foi realizada com 22.714 participantes. Desses, 17.032 receberam as duas doses do imunizante, e os demais receberam placebo.
  • Foi alcançado "ponto de controle" final do estudo, com 78 infectados por covid-19. Entre eles, 62 estavam entre os que receberam uma substância inativa. Os outros 16 haviam recebido a vacina.
  • A eficácia geral do imunizante atingiu 91,4%.
  • Não foi identificado efeito adverso nos testes.
  • Mais de 200 mil pessoas já foram vacinadas na Rússia, dentro e fora de ensaios clínicos. Os cientistas do Instituto Gamaleya afirmaram não precisar de "pacientes adicionais" nos testes. 

Os pesquisadores do Gamaleya irão fazer um relatório com os dados para solicitar o registro acelerado da Sputnik V em diversos países. A Rússia anunciou ainda que mais de 200 mil pessoas já foram imunizadas com a Sputnik V no país, nos ensaios clínicos e fora deles.

Os dados do estudo ainda não foram publicados em revista científica. 

Fonte: G1